Putzzzzzzz, agora pega um café, desliga o celular e senta numa poltrona bem confortável,
que vem muuuuita estória!..rsssss
Atenção pessoal ligado à pedagogia...
Nesse ano de 2010, eu passei a Ana Júlia de uma escola aqui perto da minha casa, para a escola do Pedro.
Sempre gostei muito dessa escola. Sempre confiei demais nas professoras, coordenadoras, além de todo "staff"
Todo mundo muito acolhedor.
O espaço físico é um assunto à parte. Eu considero imenso. Tem árvores frutíferas, horta, animaizinhos como
galinhas d´angola, tartarugas, pássaros e até alguns saguis habitando nas árvores
em perfeita harmonia.
Para crianças criadas em apartamento, eu considero PERFEITO!
O ensino é bastante "puxado". Conheço muita gente que tirou os filhos de lá porque não aguentou o tranco.
Com o Pedro, eu nunca tive problemas. Muito pelo contrário. Lembram que o menino
foi passado do Jardim I para o 1o ano porque ele aprendeu a ler e escrever
sozinho...
Ana Júlia é do dia 30 de junho. Para quem é da área, sabe que é o dia limite.
Ela entrou no Jardim I cronologicamente correta, mas se tivesse nascido no dia
1o de julho, iria para o maternal II.
No primerio trimestre da nova escola, quando recebi os trabalhinhos, percebi que muitos deles vinham bastante
errados ou com um aviso de "FEZ COM AJUDA". Posso afirmar que bem mais que 50%
deles.
Comecei a acompanhar as tarefas (2X por semana) e notei que ela ficava bastante frustrada porque havia regras
como: Pinte a figura maior, faça um X na figura que está embaixo, complete o que está faltando.
Notei que Ana Júlia queria se divertir, queria pintar TUDO, desenhar no verso da tarefa e ela o fazia com uma
riqueza de detalhes impressionante. Chegava a me desenhar com brincos!!!
No final do 1o semestre, quando recebi mais trabalhinhos dela, confirmei minhas suspeitas que havia algo errado!
Solicitei uma reunião com a professora e psicopedagoga.
Imediatamente, a psicopedagoga
concordou comigo que havia um problema.
Ela pediu que eu trabalhasse bastante a coordenação motora "grossa" nas férias
de julho e voltaríamos a conversar em agosto.
Pesquisei feito louca na internet e me surpreendi muito porque Ana Júlia teve os primeiros anos de vida bastante
privilegiados nesse sentido. Ela tinha a oportunidade de brincar na grama "sintética", parquinho e espaço aqui
no prédio que o Pedro nunca teve!
Trabalhei um pouco esse aspecto, mas foquei sobretudo na coordenação motora "fina", brincando com massinha,
conta-gotas, palitos e fazendo muuuuitos exercícios que eu baixava na internet.
Notei que a pequena se soltou e sempre pedia mais tarefinhas.
Na escola, ela havia aprendido a escrever até o numeral 5. Lembro bem a "tortura" que foi especialmente o 2 e o 5.
Judiação!!! Nos últimos 10 dias de julho, eu ensinei até o 10 e ela correspondeu, quase sem stress!!!
Em agosto, notei que ela voltou a ficar tensa e frustrada com as tarefas e percebi que ela se sentia triste porque os
amigos conseguiam muita coisa e ela não!
Ela começou a roer as unhas e reclamar do dia da tarefa.
Como assim? Uma criança tão pequena e já não gostava da tarefa??????
Convoquei outra reunião. Dessa vez eu estava convencida que minha filha estava
sendo forçada além da conta!
Coordenadora e professora
não mais concordavam comigo e Ana Júlia foi encaminhanda para uma
psicopedagoga particular.
Mais 1 mes e meio de "tortura" tanto para ela como para mim, que a essa altura
do campeonato só queria que a passassem o mais rápido possível para o
maternal II para que ela pelo menos criasse um vínculo com os novos amigos.
No final de outubro, eu já estava quase "apelando".
Não conseguia mais conter a minha irritação diante da intransigência e das
indiretas para que EU procurasse ajuda psicológica porque estava muito estressada.
Na última reunião com a psicopedagoga particular, eu exigi que o meu pedido
fosse acatado e assim foi passado para a psicopedagoga da escola.
Fui recebida de maneira educada, mas não tão amável.
Eu disse algumas verdades (ahhhh, como queria dizer MUITO mais) e seu rosto
se transformou.
Ela terminou a reunião de maneira bastante seca e nitidamente contrariada,
dizendo que a minha solicitação seria acatada e que a Ana Júlia estaria no
maternal II na semana seguinte!
Tive uma outra reunião com a professora do maternal II e outra coordenadora.
Combinamos que seria dito a Ana Júlia, que a professora "P" queria que ela
fosse para a salinha do matenal porque tinha alguns trabalhinhos para ela
fazer lá!
Minha filhota foi feliz da vida! Claro que depois de uns 10 dias, disse que
sentia saudades da antiga professora e dos amigos.
Contornamos a situação fazendo-a participar dos ensaios da festa de
encerramento do Jardim I (onde ela é uma princesa) e convivendo normalmente
com os amigos do Jardim I nos dias que fica o dia todo na escola.
Na sexta-feira passada, tivemos uma reunião/avaliação onde foi dito que a
mocinha está muito feliz, sem se mostrar entediada.
A mudança de comportamento dela em casa foi radical. Ela está mais calma e
voltou a fazer as tarefas com alegria e entusiasmo.
Continuo vestindo a camisa da escola. Acredito que a intransigência partiu do
fato de não terem sido professora/coordenadora a perceberem a situação.
Pura vaidade!
Toda essa situação me deixou bastante triste e magoada com pessoas que eu
confiava muito.
Fiquei particularmente sentida porque fui tratada como mãe problema,
superprotetora e estressada!
Eu só quero o melhor prá Ana Júlia e ainda acredito que valeu a pena toda
luta e desgaste emocional.
Se ela vai "perder" um ano na vida?????
Afffffffffff, quem está preocupado com isso? Deixa a menina brincar!!!